Quando se fala em índio no Brasil, a primeira imagem, para muitos, é de alguém que usa cocar, anda sem roupas, vive da caça e da pesca, mora em ocas. Parece que os povos indígenas não podem evoluir e devem viver como seus ancestrais. Parece ser proibido ao índio usar celular, internet, frequentar escolas ou fazer uso de qualquer tecnologia do “mundo branco”.
No Rio Grande do Sul, dois povos indígenas são mais numerosos: os Guarani e os Kaingang. Estes povos indígenas valorizam muito o seu passado, mas como uma forma de preservar a sua cultura e constituir o seu modo de ser.
A cultura indígena é transmitida através da dança, do canto, dos rituais de cura e a palavra é o recurso mais importante para passar aos seus descendentes o modo de vida que constitui o povo indígena.
A educação indígena é voltada para o seu povo, para o seu desenvolvimento e sua defesa e acontece no dia-a-dia das aldeias, podendo a escola ser uma aliada, pois sabendo ler e escrever o índio pode se defender do povo “branco”, pois precisa saber o que falam sobre ele, já que são poucos os que se preocupam em saber o que ele fala.
Hoje, o índio pode ser encontrado nos diversos segmentos educacionais, inclusive Universidades, mas o seu maior objetivo é ajudar o seu povo para que possam evoluir com a menor interferência externa possível, buscando resguardar o seu modo de ser.
Independente de ser Guarani ou Kaingang, são povos indígenas que desejam o reconhecimento de suas culturas e suas especificidades.
(Texto escrito por Mariana Ferrão de Souza, da disciplina Povos indígenas, educação e escola da Faculdade de Educação da UFRGS).
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